domingo, 28 de novembro de 2010

Paz

Parar e reconhecer a si mesmo. Eis a tarefa de um dia ou de uma vida.
Olhar para trás e ver que (sim!) você mudou. E dentro dessa perspectiva de mudança, não avaliar somente as perdas e as lágrimas. 
Sintonizar-se com aquilo que você é agora: sim, você precisa tentar.
Às pessoas que doeram ficaram pra trás. Junto delas, quem sabe uma parte tua. 
Mas só uma parte, nunca tudo.
Os pedaços perdidos no caminho não são uma falta. São um peso a menos. 
Uma renovação necessária, que só pode ser compreendida depois que tudo estiver amplo e aberto mais uma vez.
Sobre os sorrisos que ficaram para trás, há de se saber que são eternos. Todo momento de felicidade compartilhada dá sentido ao nosso caminho.
A nossa nova direção, ainda que inconscientemente, buscará uma felicidade maior do que a anterior. Por isso mudar, será sempre inevitável.
Quando os velhos temores voltarem, você escolherá como vai enfrentá-los. Se doer muito e você precisar chorar, então chore. Dê a si mesmo a liberdade de sentir o que o momento te traz. Mas, se fores capaz de avaliar teu medo sem receio algum de torná-lo algo insignificante, meus parabéns. Você está mudando, mais uma vez.
Se o amor surgir, ame. Sinta-se feliz e evite comparar as situações do hoje, com às vividas no passado. Só não se esqueça do que existiu, porque aprende-se muito quando o coração se parte. Não sobre o amor, mas sobre como nós sentimos o amor.
Um dia o coração descansa. Um dia tudo começa a doer menos. A felicidade começa a aparecer em coisas mais simples. A vida se enche de paz. E a mudança continua.
Porque mudar é como renascer. 
É como dar a si mesmo uma chance de começar tudo outra vez.
E tentar, tentar, tentar. É acreditar que é possível, que vale a pena.
Até que a paz, seja real. E acredite, ela pode ser.