segunda-feira, 25 de abril de 2011

Silêncio, por favor.

Sinto saudades em silêncio. Nem você, nem minha mãe, nem minha melhor amiga sabem. Sei só eu, e nem sei de verdade se assim compreendo. Dá uma dor aqui no peito, uma vontade de chorar e de correr muito, pra longe de ti, pra longe de mim, pra longe de tudo o que um dia fomos nós. Está doendo bastante, e eu sabia que o risco traria suas consequências. Agora é deixar doer em silêncio, porque o barulho que faz aqui dentro já é alto demais para meu coração. Quero que isso emudeça, antes que eu perca a capacidade de ouvir o que existe lá fora. Porque se eu perder, não há mais fala que me tire desse lugar.

domingo, 24 de abril de 2011

Você tem?



Amor sincero é assim.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Perdas.

Descobri que cada morte que vivencio é nova e única. Dessa maneira, a partir das experiência anteriores, não posso absorver nenhuma lição que faça com que eu me torne mais forte para enfrentar uma nova perda, quando ela surgir. O que foi tirado de mim agora, é algo diferente do que um dia já foi perdido. E eu sou diferente do que já fui uma vez. Portanto é difícil saber quais são os melhores meios que podemos usar para superar a dor do fim. Quando se perde um amor é assim também. Mesmo que o coração já esteja calejado e repleto de cicatrizes passadas, não há aviso ou experiência prévia que diminua o sangrar de um corte fresco e profundo. É uma perda nova trazendo consigo um luto novo. E mesmo que algo do gênero já tenha murchado seu coração, é difícil tomar as rédeas e seguir adiante. Hoje pode ser o fim de uma vida, amanhã o nascimento de um amor, depois de amanhã a quebra do final feliz e assim sucessivamente. É utopia acreditar que estamos livres das intermináveis mortes que vamos enfrentar durante esta longa e desconhecida caminhada. Cada uma, de uma nova maneira, apresentando para cada um de nós não apenas uma perda, mas a possibilidade de nos redescobrirmos muito mais fortes do que poderíamos imaginar. Sei que morte assusta, mas o fim é inevitável. O que pode ser alterado é a maneira com que vamos aproveitar o tempo que nos é dado entre este início e o tal do ponto final.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Lembra? É o nosso final feliz...

Algumas coisas devem acabar, mesmo que por um longo período, tenham lhe feito muito bem. A decisão pelo fim às vezes é o melhor que podemos fazer. Mesmo que haja dor e que a dor traga lágrimas, o sofrimento se vê agora em uma contagem regressiva para seu término, ao invés de continuar na indecisão em que pairava até horas atrás. Acabou. É o fim. Sem felizes para sempre, mesmo que nunca o tenha desejado. Agora não nos resta apenas seguir adiante, mas também modificar  a maneira de andar por nossos caminhos. Estaremos distantes, e mesmo que perdidos, nossos pedaços não se reconhecerão em nenhum outro lugar. Sentenciamos que era hora de partir ou de ficar. E inexoravelmente nós dois, desde muito cedo, já sabíamos qual seria a derradeira resposta. Sim, esse teria que ser o nosso melhor final. Continuar, deixaria marcas muito profundas em uma história que foi, na maioria das vezes, muito bonita.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

É hora de escolher.

Você mostrou se importar com o que houve naquela noite. Mas com quantas mais, em diversos dias, você também se importou? Você diz não saber porque se sente confortável ao trocar confidências comigo, mas acabo sempre por descobrir que estes segredos são os mesmos que a garota ao lado também vai ouvir. Você disse que no futuro, gostaria que o 'eu e você' pudesse se tornar uma realidade, mas enquanto continuar sendo eu, você e todas às demais, eu não posso continuar. Você disse que eu era uma pessoa especial em sua vida. Mas eu sei que não sou a única mulher dentro dela. E me desculpe, nesse sentido eu sou muito mais do que egoísta. Decida-se. Ou às coisas acontecem ou elas acabam por aqui. E me parece que nosso rumo está nos levando para a triste, mas necessária, segunda opção.

domingo, 10 de abril de 2011

Cansaço.

De tempos em tempos, aquela vontade de que alguém entre em sua vida e comece a fazer parte dela, retorna. Dá uma saudade de inícios que ameaçaram mas não chegaram a ser. Nasce uma lembrança de todas as fugas para o quarto escuro quando o sonho acabava outra vez. E nasce também, a dúvida sobre como deixar alguém lhe amar sem ter receio de que o início tenha sempre o mesmo fim. Ela sabe que o fato de não ter dado certo com seu primeiro grande amor, não pode acabar destruindo todas as novas possibilidades que poderão surgir. Mas a garota teme não ter mais os mesmos olhos para observar tudo que ainda gira ao seu redor. Dessa maneira, ela sentencia que alguém à encontre, porque  não sabe dar os primeiros passos para iniciar um novo caminho. Não por desistir do amor, mas por sentir que está cansada demais destas buscas que nunca levam a lugar algum.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Me desculpe.

Você disse que me ama. Depois de tanto tempo, ainda me ama. Eu apenas disse que não posso corresponder. Você sofre por mim. Eu sofro por outro. Não parece totalmente sem sentido? Pois é, amor nenhum vem com manual de instrução. E acho que nós, da pior maneira possível, estamos aprendendo essa lição. Me desculpe, mas prefiro não iniciar algo para depois abandonar. Fizeram comigo, e eu sei que um início com fim prematuro dói bem mais do que nunca dar a largada.

domingo, 3 de abril de 2011

Desafinados.

Quando me relatas tuas diferentes relações com às demais pessoas ao nosso redor, constato que tudo é mais simples quando somos só eu e você. E sei que tu também te destes conta desse pequeno fato. Comigo tu és apenas quem deseja ser. Eu não exijo mais, você não me concede menos. E eu continuo me perguntando o que é isto que ainda cultivamos entre nós. Já ousei pronunciar a palavra amor, mas se fosse amor vindo de ambas às partes não faria sentido continuar nesta distância tão grande. O interessado sempre dá um jeito, mas me parece que ainda não descobrimos qual é o nosso real interesse dentro de tudo isso. Sinto falta de definições porque elas me dariam algum tipo de segurança, mas ao mesmo tempo não consigo me desprender dessa ilusão de que algum dia nossos desejos vão estar dentro uma só sintonia. E dela, sabemos só eu e você.