quarta-feira, 28 de setembro de 2011

De mãos dadas.

Acordar e ver que teu sorriso voltou foi o  maior presente que eu poderia ter recebido nos últimos dias. Ver que, aos poucos, a estabilidade está reinando e que teus olhos já não comportam apenas lágrimas e marcas tristes, mas também a certeza de que, mais uma vez, isso poderá ser superado, foi extremamente lindo. Eu nunca vou deixar de acreditar em você. E saber que você também está tentando não desistir, é a melhor certeza que poderias me oferecer. Vamos juntas e de mãos dadas, porque sempre foi e sempre será assim.

sábado, 24 de setembro de 2011

Primavera, outra vez.

Quando o velho moleton entra em cena, é sinal de que o sol já não parece ser tão bonito. E quando a necessidade de buscar o quarto escuro é realmente intensa, o silêncio parece predominar. Normal é ter uma necessidade de solidão, vez ou outra, mas repelir constantemente a presença daqueles que te fazem bem, começa a se tornar preocupante. Porque dentro deste ato de cortar qualquer tipo de vínculo antes mesmo que ele tenha se estabelecido, acabo me afastando de pessoas que mereciam ao menos a chance de tentar. Então fico presa à velhas raízes que me puxam ao fundo do poço, como quem ainda tem uma esperança de que uma nova flor volte a brotar. O problema é que algumas raízes não dão bons frutos e me parece que exatamente essas, são as que perduram mais em minhas cicatrizes. O que espero de mim mesma é, ao menos, a capacidade de permitir que o vento leve um pouco disto tudo e me traga, quem sabe, uma flor diferente de todas que já conheci.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Cortar antes mesmo de nascer.

Se eu pudesse prometer o futuro que você espera, a história não teria o mesmo final.  Se eu fosse capaz de amar teu jeito lindo de cuidar de mim, às coisas nunca seriam iguais. Não sendo possível te amar, sinto-me angustiada caso venha a te trazer dor. E é exatamente por isso que tomo a única atitude que me sinto preparada a sentenciar: estou te dizendo adeus, antes que você queira mesmo ficar.

domingo, 11 de setembro de 2011

Pedaços que ficam.

Recordar as turbulências do passado é sempre desagradável. E mais difícil ainda é constatar que tanto tempo depois, estas mesmas feridas continuam negando qualquer tipo de cicatrização. O mundo que se abre depois da tua janela já é um mar recheado de provações. E perceber que mesmo depois de passar por tudo que te dói lá fora, você ainda vai precisar chorar dentro de um refúgio secreto, chamado família, é realmente esmagador. Porque não há como se conter frente a vícios que não podem ser controlados e que continuam deixando os teus dias - e os dias daqueles à quem você ama - sempre mais cinzas. E, ao mesmo tempo, se sentir impotente frente ao sofrimento daqueles que nem possuem mais voz pra externar toda dor que sentem, acaba te destruindo também. Dentro dos tempos de calmaria - que pareciam estar vingando - você tinha certeza que apesar dos apesares todos, era gratificante estar perto de quem realmente te amava. Mas quando o lado obscuro destes que são apenas seres humanos como você resolve ressurgir, o fundo do poço é quase inevitável. Não há dor maior do que ver  os olhos cheios de lágrimas de alguém que não tem mais controle sobre si mesmo e acaba levando todos consigo, dentro deste mar turbulento e sem sol. Hoje, a esperança há de permanecer, porque deixar de acreditar em alguém que lhe proporcionou a vida, é - e sempre será - a sua última opção. Isto vai passar e nós vamos nos reencontrar, outra vez.