sábado, 24 de setembro de 2011

Primavera, outra vez.

Quando o velho moleton entra em cena, é sinal de que o sol já não parece ser tão bonito. E quando a necessidade de buscar o quarto escuro é realmente intensa, o silêncio parece predominar. Normal é ter uma necessidade de solidão, vez ou outra, mas repelir constantemente a presença daqueles que te fazem bem, começa a se tornar preocupante. Porque dentro deste ato de cortar qualquer tipo de vínculo antes mesmo que ele tenha se estabelecido, acabo me afastando de pessoas que mereciam ao menos a chance de tentar. Então fico presa à velhas raízes que me puxam ao fundo do poço, como quem ainda tem uma esperança de que uma nova flor volte a brotar. O problema é que algumas raízes não dão bons frutos e me parece que exatamente essas, são as que perduram mais em minhas cicatrizes. O que espero de mim mesma é, ao menos, a capacidade de permitir que o vento leve um pouco disto tudo e me traga, quem sabe, uma flor diferente de todas que já conheci.

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