quarta-feira, 20 de abril de 2011

Perdas.

Descobri que cada morte que vivencio é nova e única. Dessa maneira, a partir das experiência anteriores, não posso absorver nenhuma lição que faça com que eu me torne mais forte para enfrentar uma nova perda, quando ela surgir. O que foi tirado de mim agora, é algo diferente do que um dia já foi perdido. E eu sou diferente do que já fui uma vez. Portanto é difícil saber quais são os melhores meios que podemos usar para superar a dor do fim. Quando se perde um amor é assim também. Mesmo que o coração já esteja calejado e repleto de cicatrizes passadas, não há aviso ou experiência prévia que diminua o sangrar de um corte fresco e profundo. É uma perda nova trazendo consigo um luto novo. E mesmo que algo do gênero já tenha murchado seu coração, é difícil tomar as rédeas e seguir adiante. Hoje pode ser o fim de uma vida, amanhã o nascimento de um amor, depois de amanhã a quebra do final feliz e assim sucessivamente. É utopia acreditar que estamos livres das intermináveis mortes que vamos enfrentar durante esta longa e desconhecida caminhada. Cada uma, de uma nova maneira, apresentando para cada um de nós não apenas uma perda, mas a possibilidade de nos redescobrirmos muito mais fortes do que poderíamos imaginar. Sei que morte assusta, mas o fim é inevitável. O que pode ser alterado é a maneira com que vamos aproveitar o tempo que nos é dado entre este início e o tal do ponto final.

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