terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Dois Mil e Doze

Quando o ano novo chegar, vou lembrar de você. Da última noite, há exatamente dois longos anos atrás. Do último beijo e do último olhar saudável que trocamos. Porque depois disso, lágrimas e cicatrizes reinaram entre palavras que nunca foram ditas. Quando os fogos levarem meus olhos ao céu e o barulho das ondas do mar invadir meus ouvidos, vou lembrar também de mim. De todos os sorrisos e de todas as dores, as quais nunca me deixaram esquecer das minhas limitações e, ao mesmo tempo, me mostraram que eu poderia ir um pouco além. Sempre. Quando o ano novo chegar, vou criar coragem e fazer um pedido: quero paz. Muita paz. Porque durante esse ano senti falta da presença dela ao meu lado. E no final de tudo, sei que, inevitavelmente, vou lembrar de nós dois. De tudo que idealizei e que não se concretizou. Mas, ao mesmo tempo, vou saber que não dói mais. Não tanto. Porque com as perdas, aquelas inevitáveis mesmo, a gente aprende a deixar que outras pessoas se aproximem também. Talvez a meta do próximo ano seja deixar que estas mesmas pessoas permaneçam, ao invés de cortar  laços antes mesmo de realmente estabelecê-los. Ou quem sabe, a meta seja simplesmente deixar que o novo ano me surpreenda, como sempre deve ser. E no fundo, tenho mais um pedido: quero poder surpreendê-lo um pouquinho também.

Um comentário:

  1. Que este ano nos reserve um punhado de alegrias e que com as tristezas saibamos lidar cada dia melhor. Em 2012 desejo apenas, não ser o mesmo.

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