segunda-feira, 13 de maio de 2013

Dias estranhos.

Dias de chuva e cheiro de café. Sentada em sua cadeira de balanço, no lugar mais silencioso da casa, a garota deixa o livro sobre o colo e olha para os primeiros raios de sol da manhã.


Ainda não dormiu.


Ontem a noite chorou, por saber que a beleza de ser só também assusta, vez ou outra. Ela acha que a vida é estranha porque afasta e aproxima e não para nunca. O coração numa montanha-russa reclama, quer dias de paz, quer ter alguém por quem bater, mais uma vez.


Em mais uma noite de insônia, a garota resolve se perguntar: onde foi parar aquele amor? Porque nunca, nunca mais, ela sentiu o coração vibrar? E tem medo, todos os dias, de ter sucumbido aos dias nublados.


Dias difíceis, dias daqueles, onde não há nada que conforte, onde o cansaço domina e as lágrimas rolam soltas. Dias de frio, dias sem você. Dias sem mim.


Dias sem paz.

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