domingo, 5 de maio de 2013

Acertar o pulo.

Viver implica em fazer escolhas, das mais simples às mais complexas. Do abraço que você resolveu dar até o adeus que nunca soube dizer. Algumas escolhas são cruciais e é sobre elas que eu hoje penso. Sinto que o momento chegou faz um tempo e que desde então a solidão anda se tornando cada vez maior. Todos os dias é necessário abrir mão de inúmeras coisas que até então sempre foram boas, mas hoje já não trilham mais um caminho semelhante ao que você escolheu. Amigos vão se perdendo, finais de semana são tomados por livros, o diálogo com a família vai diminuindo e a lágrima que denuncia um esgotamento emocional está à espreita. Lhe condicionaram a acreditar que é deste tipo de esforço que às pessoas precisam para alcançar objetivos maiores e no fundo você compactua com a ideia. O difícil, porém, é lutar contra si mesmo. Contra o medo de perder às pessoas que tanto significaram, com o medo de, ao alcançar o objetivo, não encontrar mais o significado que um dia ele já teve para você. A vida nunca teve um manual e ando percebendo que escolhas também implicam em perdas. A maior luta, provavelmente, não está com o outro que corre em busca do objetivo semelhante, mas sim em nós mesmos. Fechados à mudança nos lamentamos pelo que fica e perdemos o que há de mais importante: é agora que vamos construir o amanhã, mesmo que por vezes soframos com cada uma das perdas pelas quais iremos passar. No fundo, acho que vale a pena, independente do sentido que o futuro adquire para cada um. Assim como o fim, ele é inexorável e chega. Sempre chega.

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