quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Mero Detalhe...

Mero detalhe que machuca...

Eu vestia GG. Sim, eu era grande.
E na mesma proporção era o preconceito contra mim.
As pessoas nunca se preocuparam em avaliar meu interior.
Para qualquer situação o exterior era o mais valioso.
Isso me magoava. Muito. Profundamente.
Em um mundo onde a magreza é símbolo de beleza, eu me sentia excluída.
Era como se todo mundo sempre estivesse me olhando e apontando pra mim.
Se eu pudesse explicar esse sentimento, diria que ele é o pior do mundo. {Tah, talvez não seja, mas em alguns momentos se assemelha muito}
Aos poucos eu mudei...
Não por fora. Mas por dentro.
O GG ainda predominava em minhas roupas, mas eu me aceitava assim.
Os meus sentimentos, minhas idéias e meus sonhos eram do tamanho que eu desejava e não me importava se eram grandes demais aos outros.
Eu era assim. E seria assim. Eu precisava me aceitar.
Grande ou pequena o que eu queria era ser feliz.

Diariamente vemos que a magreza é exaltada, principalmente pelos jovens,
em busca da forma perfeita.
Como se o corpo ou o tamanho do manequim fossem determinantes na formação do caráter.
Independente do tamanho exterior, o que vale são os princípios que formam uma pessoa.
Ser grande ou pequeno é apenas um mero detalhe entre tantos fatores que
formam a nossa personalidade.

Um comentário:

  1. Dificil se adequar a um mundo onde quem dita as regras é a aparência.

    Mas, quem disse é preciso ser igual?
    Basta inventar uma nova verdade, não para ser seguida por milhões de pessoas, mas para ser sentida por nós.

    Pessoas comuns de mede em altura e peso
    Pessoas interessantes se mede por grandeza.

    "Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações."
    [M.M.]

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