Eu tenho dois olhos que me permitem ver.
Na medida do possível, eles ainda exercem bem as suas funções.
Tenho uma pequena disfunção no olho esquerdo, mas nada
que me impeça de ver com determinada clareza.
Tenho uma boca que me permite falar.
Tenho ouvidos que me dão a capacidade de ouvir
(muito desenvolvida por mim).
Tenho um nariz que me permite sentir o cheiro
(desde o pão de queijo, até a terra molhada).
Possuo dois braços que me permitem abraçar
(e como gosto dessa função).
Duas pernas que me permitem correr, correr muito,
numa funga desenfreada de mim mesma.
Tenho uma cabeça e um cérebro que
me permitem raciocinar (nem sempre da melhor maneira).
E por fim, tenho também um coração
que sempre estraga todos os meus outros sentidos.
É uma infantilidade minha acreditar
que as pessoas tem apenas um lado bom.
Isso realmente não existe.
Todos nós, sem exceção temos um lado negativo também.
A maneira como mostramos ele ao mundo é que faz a diferença.
Ver só o lado bom das pessoas é algo extraordinariamente bom.
É ter ainda uma esperança de que o amor
é o sentimento mais importante de cada ser humano.
Mas ter capacidade de ver o lado negativo
sem julgar é claro, é fundamental.
Precisamos encarar a outra pessoa como um simples ser humano,
sujeito a erros e acertos durante a sua vida,
assim como qualquer um de nós.
Ver o lado negativo do outro nos ensina
a não criar um expectativa tão grande,
para que depois a decepção não cause tantos danos.
O pior de tudo é quando insistimos demais em idealizar alguém,
acreditando que só há o lado positivo e da pior maneira possível
acabamos descobrindo que isso é apenas uma fantasia.
Em minha vida, há inúmeras pessoas que possuem
o lado bom tão grande, mas tão grande mesmo,
que o lado ruim, mesmo existindo,
fica restrito à pequenos acontecimentos, como um mal humor
numa segunda-feira pela manhã.
Essas pessoas que se esforçam ao máximo
para deixar fluir apenas o lado bom, tem minha total admiração.
É nelas que eu penso todas às vezes que idealizo um ser humano cada dia melhor.
Mas como nem tudo na vida são flores,
há também aquelas pessoas que mostram o seu lado negativo,
mas que eu (tola) insistia em não ver.
Eu tento sempre imaginar alguém da melhor maneira possível.
Tento ver o lado bom, insisto em achar desculpas para os pequenos erros,
tento me colocar no lugar do outro, mas chega uma hora em que,
por mais que meu coração tente obstruir minha visão, tudo fica claro para mim.
Fica tão claro que dói. Machuca muito mesmo.
Todas aquelas idealizações que eu tinha criado foram por água abaixo.
Hoje entendo que eu via apenas quem eu queria ver.
Eu maqueava ao máximo qualquer coisa ruim que havia nessa pessoa,
por que era mais cômodo e menos dolorido para mim
ver apenas o que me fazia bem.
Como não pude perceber antes que todas aquelas palavras
ditas para mim (e eu achei que elas eram só para mim)
eram ditas também à qualquer outra?
Como não percebi que meus sentimentos foram expostos ao ridículo,
sem nenhuma compaixão?
Tive que ver e presenciar várias situações (e foram muitas as que eu ainda tentei esconder)
até que pude realmente enxergar com total clareza.
Eu descobri o lado ruim de alguém da pior maneira possível. Me machucando.
Todas as minhas expectativas tiveram de ser quebradas.
Todos os meus sentimentos tiveram de ser transformados em dor
para que finalmente, eu pudesse entender
que tentar ver só o lado bom não é mais suficiente.
Talvez você também já tenha tido
essas visões repentinas e saiba do que eu estou falando.
Acho que de tudo isso, o que mais vale para mim,
são essas pessoas boas (de verdade mesmo)
que eu tenho presentes em minha vida.
Hoje eu entendo todas as tentativas que elas realizaram comigo,
tentando abrir meus olhos da maneira menos dolorida.
Mas como parece que eu só aprendo com a dor,
tive que descobrir tudo sozinha, mais uma vez.
Me machucar para aprender. (Completamente tola)
Agora são exatamente 3:47 da madruga de sexta-feira,
05 de Fevereiro de 2010.
Não publiquei minha postagem nesse horário,
por que eu tenho certeza que o lado ruim de meus pais
iria aflorar quando eu ligasse o computador.
Talvez no início do texto você não tenha compreendido
quando eu disse que meu coração estragava tudo.
Espero que agora tenha ficado mais claro.
Para mim ficou. E quem sabe até claro demais.
Na medida do possível, eles ainda exercem bem as suas funções.
Tenho uma pequena disfunção no olho esquerdo, mas nada
que me impeça de ver com determinada clareza.
Tenho uma boca que me permite falar.
Tenho ouvidos que me dão a capacidade de ouvir
(muito desenvolvida por mim).
Tenho um nariz que me permite sentir o cheiro
(desde o pão de queijo, até a terra molhada).
Possuo dois braços que me permitem abraçar
(e como gosto dessa função).
Duas pernas que me permitem correr, correr muito,
numa funga desenfreada de mim mesma.
Tenho uma cabeça e um cérebro que
me permitem raciocinar (nem sempre da melhor maneira).
E por fim, tenho também um coração
que sempre estraga todos os meus outros sentidos.
É uma infantilidade minha acreditar
que as pessoas tem apenas um lado bom.
Isso realmente não existe.
Todos nós, sem exceção temos um lado negativo também.
A maneira como mostramos ele ao mundo é que faz a diferença.
Ver só o lado bom das pessoas é algo extraordinariamente bom.
É ter ainda uma esperança de que o amor
é o sentimento mais importante de cada ser humano.
Mas ter capacidade de ver o lado negativo
sem julgar é claro, é fundamental.
Precisamos encarar a outra pessoa como um simples ser humano,
sujeito a erros e acertos durante a sua vida,
assim como qualquer um de nós.
Ver o lado negativo do outro nos ensina
a não criar um expectativa tão grande,
para que depois a decepção não cause tantos danos.
O pior de tudo é quando insistimos demais em idealizar alguém,
acreditando que só há o lado positivo e da pior maneira possível
acabamos descobrindo que isso é apenas uma fantasia.
Em minha vida, há inúmeras pessoas que possuem
o lado bom tão grande, mas tão grande mesmo,
que o lado ruim, mesmo existindo,
fica restrito à pequenos acontecimentos, como um mal humor
numa segunda-feira pela manhã.
Essas pessoas que se esforçam ao máximo
para deixar fluir apenas o lado bom, tem minha total admiração.
É nelas que eu penso todas às vezes que idealizo um ser humano cada dia melhor.
Mas como nem tudo na vida são flores,
há também aquelas pessoas que mostram o seu lado negativo,
mas que eu (tola) insistia em não ver.
Eu tento sempre imaginar alguém da melhor maneira possível.
Tento ver o lado bom, insisto em achar desculpas para os pequenos erros,
tento me colocar no lugar do outro, mas chega uma hora em que,
por mais que meu coração tente obstruir minha visão, tudo fica claro para mim.
Fica tão claro que dói. Machuca muito mesmo.
Todas aquelas idealizações que eu tinha criado foram por água abaixo.
Hoje entendo que eu via apenas quem eu queria ver.
Eu maqueava ao máximo qualquer coisa ruim que havia nessa pessoa,
por que era mais cômodo e menos dolorido para mim
ver apenas o que me fazia bem.
Como não pude perceber antes que todas aquelas palavras
ditas para mim (e eu achei que elas eram só para mim)
eram ditas também à qualquer outra?
Como não percebi que meus sentimentos foram expostos ao ridículo,
sem nenhuma compaixão?
Tive que ver e presenciar várias situações (e foram muitas as que eu ainda tentei esconder)
até que pude realmente enxergar com total clareza.
Eu descobri o lado ruim de alguém da pior maneira possível. Me machucando.
Todas as minhas expectativas tiveram de ser quebradas.
Todos os meus sentimentos tiveram de ser transformados em dor
para que finalmente, eu pudesse entender
que tentar ver só o lado bom não é mais suficiente.
Talvez você também já tenha tido
essas visões repentinas e saiba do que eu estou falando.
Acho que de tudo isso, o que mais vale para mim,
são essas pessoas boas (de verdade mesmo)
que eu tenho presentes em minha vida.
Hoje eu entendo todas as tentativas que elas realizaram comigo,
tentando abrir meus olhos da maneira menos dolorida.
Mas como parece que eu só aprendo com a dor,
tive que descobrir tudo sozinha, mais uma vez.
Me machucar para aprender. (Completamente tola)
Agora são exatamente 3:47 da madruga de sexta-feira,
05 de Fevereiro de 2010.
Não publiquei minha postagem nesse horário,
por que eu tenho certeza que o lado ruim de meus pais
iria aflorar quando eu ligasse o computador.
Talvez no início do texto você não tenha compreendido
quando eu disse que meu coração estragava tudo.
Espero que agora tenha ficado mais claro.
Para mim ficou. E quem sabe até claro demais.
Não adiantou fechar os olhos, pois continuo a enxergar.
Não adiantou deixar de ser, mas adiantou deixar de estar.
Não adiantou seguir seus passos, pois eu nem sei aonde estou .
Só adiantou eu te esquecer para voltar a me lembrar de quem eu sou!
Me diz por que, tudo acontece tão veloz assim?
Antes de eu ver, ja havia me perdido de mim.
Agora eu sei, vi o longo tempo que perdi.
Tentando ser o melhor pros outros e o pior pra mim.
Eu já não vou mais ser assim. ♪
(Fechar os Olhos - Valéria Costa)
Não adiantou deixar de ser, mas adiantou deixar de estar.
Não adiantou seguir seus passos, pois eu nem sei aonde estou .
Só adiantou eu te esquecer para voltar a me lembrar de quem eu sou!
Me diz por que, tudo acontece tão veloz assim?
Antes de eu ver, ja havia me perdido de mim.
Agora eu sei, vi o longo tempo que perdi.
Tentando ser o melhor pros outros e o pior pra mim.
Eu já não vou mais ser assim. ♪
(Fechar os Olhos - Valéria Costa)
Junta tudo que a gente conversa + aquele trecho do Caio Fernando Abreu que isso vira um comentário! uehheuhe
ResponderExcluirSério guria, nem vivendo mais cinco vidas a gente vai entender porque é assim :S
A gente nunca se cura. A gente finge que passa, mas tudo continua com nós.
Imagina, se esquecessemos assim como dizemos, por que então ter medo de se envolver de novo?
Nunca é um real começo, mas sim uma continuação de algo que agora queremos que seja diferente.
Tu tem sentido coisas lindas, pena que dói.
beeijo Muri
:)