Ela sente muita saudade.
Um vazio toma conta do seu interior, desde que TUDO aconteceu.
Os abraços não existem mais.
O sorrisos tão lindos, raramente são trocados.
As confidências tão necessárias,
ficam pairando entre o silêncio que se estabeleceu.
Ela deita a cabeça no travesseiro, relembrando todas às vezes
em que deitava a cabeça em seu colo.
Ela chora escondida, porque sabe que suas lágrimas
vão deteriorar os sentimentos de alguém muito importante.
Ela vaga constantemente no passado,
imaginando e sentindo aquela sinceridade
e aquele amor verdadeiro que existiam,
antes da doença acometer a pessoa mais significativa da sua vida.
Ela precisa encontrar consolo em outro lugar,
porque seu porto seguro está tão alienado,
que é capaz de julgar que ninguém mais, além dela,
pode se sentir fraca e sem perspectivas.
E como dói ver alguém que você realmente ama,
se entregando dessa maneira.
Deixando que o fundo do poço vire um estado de espírito confortável,
aceitando dessa forma, sem nenhuma resignação,
toda solidão e distanciamento que ele traz.
E ela se sente tão imatura para compreender o porquê de tudo isso.
Por que não há finais felizes?
Ela está cheia de dúvidas e a pessoa que poderia
lhe guiar até as respostas,
simplesmente não mostra nenhuma força
e nenhum interesse em acompanhá-la nessa busca constante.
Quando tudo parece estar entregue ao silêncio,
ela continua tentando mostrar com suas lágrimas,
a imensurável saudade que ela sente da sua própria mãe.
E o mais difícil é saber que ela não está fora do alcance de suas mãos.
Mas está se distanciando cada vez mais, de toda essência que estava inserida dentro do sentimento recíproco que as duas alimentavam juntas.
Há alguma parte que se perdeu no caminho.
E infelizmente, sua mãe não parece estar convencida
de que voltar e buscar o que houve, seria o melhor.
Em tempos onde a mudança é necessária,
onde ela precisa rever certos conceitos,
surgem também muitas perguntas sem respostas...
Aonde está aquela que um dia me guiava?
Dentro do meu coração ela permanece intacta,
mas será que ela, apesar de todos os seus contratempos,
ainda é capaz de ter absoluta certeza sobre esse sentimento?
Parece egoísmo. Mas não é.
Eu compreendo que a doença está lhe trazendo grandes danos
e que muitas vezes ela, também não encontra a melhor saída.
Só queria que ela pudesse ver o quanto eu aguardo pela sua volta
e por sua total recuperação.
O que eu sinto é saudade.
Saudade de como tudo, um dia transcorreu.
É ao mesmo tempo, medo de perder um amor sincero.
E como todo medo dói, o de filha não seria diferente.
Volta logo mãe!
Eu estou te esperando.
Te amo de uma maneira que só você sabe.
"Abandonou-te?
Pior ainda: esqueceu-me"
(Mario Quintana)
"Todos nós, amigos, família, terapeutas, médicos,
sentimos duramente nossa própria limitação
quando alguém sofre e não podemos ajudar.
Em certos momentos é melhor não tentar interferir,
apenas oferecer nossa presença e atender se formos chamados.
Que o outro saiba que estamos ali."
(Lya Luft)
Um vazio toma conta do seu interior, desde que TUDO aconteceu.
Os abraços não existem mais.
O sorrisos tão lindos, raramente são trocados.
As confidências tão necessárias,
ficam pairando entre o silêncio que se estabeleceu.
Ela deita a cabeça no travesseiro, relembrando todas às vezes
em que deitava a cabeça em seu colo.
Ela chora escondida, porque sabe que suas lágrimas
vão deteriorar os sentimentos de alguém muito importante.
Ela vaga constantemente no passado,
imaginando e sentindo aquela sinceridade
e aquele amor verdadeiro que existiam,
antes da doença acometer a pessoa mais significativa da sua vida.
Ela precisa encontrar consolo em outro lugar,
porque seu porto seguro está tão alienado,
que é capaz de julgar que ninguém mais, além dela,
pode se sentir fraca e sem perspectivas.
E como dói ver alguém que você realmente ama,
se entregando dessa maneira.
Deixando que o fundo do poço vire um estado de espírito confortável,
aceitando dessa forma, sem nenhuma resignação,
toda solidão e distanciamento que ele traz.
E ela se sente tão imatura para compreender o porquê de tudo isso.
Por que não há finais felizes?
Ela está cheia de dúvidas e a pessoa que poderia
lhe guiar até as respostas,
simplesmente não mostra nenhuma força
e nenhum interesse em acompanhá-la nessa busca constante.
Quando tudo parece estar entregue ao silêncio,
ela continua tentando mostrar com suas lágrimas,
a imensurável saudade que ela sente da sua própria mãe.
E o mais difícil é saber que ela não está fora do alcance de suas mãos.
Mas está se distanciando cada vez mais, de toda essência que estava inserida dentro do sentimento recíproco que as duas alimentavam juntas.
Há alguma parte que se perdeu no caminho.
E infelizmente, sua mãe não parece estar convencida
de que voltar e buscar o que houve, seria o melhor.
Em tempos onde a mudança é necessária,
onde ela precisa rever certos conceitos,
surgem também muitas perguntas sem respostas...
Aonde está aquela que um dia me guiava?
Dentro do meu coração ela permanece intacta,
mas será que ela, apesar de todos os seus contratempos,
ainda é capaz de ter absoluta certeza sobre esse sentimento?
Parece egoísmo. Mas não é.
Eu compreendo que a doença está lhe trazendo grandes danos
e que muitas vezes ela, também não encontra a melhor saída.
Só queria que ela pudesse ver o quanto eu aguardo pela sua volta
e por sua total recuperação.
O que eu sinto é saudade.
Saudade de como tudo, um dia transcorreu.
É ao mesmo tempo, medo de perder um amor sincero.
E como todo medo dói, o de filha não seria diferente.
Volta logo mãe!
Eu estou te esperando.
Te amo de uma maneira que só você sabe.
"Abandonou-te?
Pior ainda: esqueceu-me"
(Mario Quintana)
"Todos nós, amigos, família, terapeutas, médicos,
sentimos duramente nossa própria limitação
quando alguém sofre e não podemos ajudar.
Em certos momentos é melhor não tentar interferir,
apenas oferecer nossa presença e atender se formos chamados.
Que o outro saiba que estamos ali."
(Lya Luft)
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