Nos últimos dias, tenho concentrado meus esforços
nas inúmeras avaliações escolares.
A semana que decorreu foi intensa,
com um ritmo de sete provas semanais.
É necessário, então ainda seguimos a rotina.
Com o nível de bom-humor e paciência esgotados, precisei encontrar algo
que tirasse de mim, pelo menos um pouco, esse foco alucinante.
O que me sobrou? Com certeza, a melhor terapia: escrever.
Em um dos raros momentos de distração desta semana,
resolvi ver como estava esse 'nosso mundo'.
Decidi parar, por alguns segundos,
e dedicar meu tempo a leitura da revista 'Veja'.
Confesso que a matéria da capa vinha me atraindo desde segunda-feira,
aguçando minha curiosidade sobre um assunto polêmico,
mas como o tempo estava reservado à outras atividades,
a revista ficou de lado.
nas inúmeras avaliações escolares.
A semana que decorreu foi intensa,
com um ritmo de sete provas semanais.
É necessário, então ainda seguimos a rotina.
Com o nível de bom-humor e paciência esgotados, precisei encontrar algo
que tirasse de mim, pelo menos um pouco, esse foco alucinante.
O que me sobrou? Com certeza, a melhor terapia: escrever.
Em um dos raros momentos de distração desta semana,
resolvi ver como estava esse 'nosso mundo'.
Decidi parar, por alguns segundos,
e dedicar meu tempo a leitura da revista 'Veja'.
Confesso que a matéria da capa vinha me atraindo desde segunda-feira,
aguçando minha curiosidade sobre um assunto polêmico,
mas como o tempo estava reservado à outras atividades,
a revista ficou de lado.
A capa retratava o seguinte assunto:
"Ser jovem e gay.
A vida sem dramas."
"Ser jovem e gay.
A vida sem dramas."
Ressalto que o artigo da escritora Lya Luft,
inserido nas páginas seguintes, também foi um convite tentador à leitura.
Mas, voltando ao foco da matéria.
O seu desenrolar é realmente magnífico.
'Veja' colhe depoimentos de homossexuais assumidos,
que retratam a difícil missão de encarar a nova realidade
que lhes é apresentada, a partir do momento em que decidem
viver plenos e convictos, com suas novas opções sexuais.
Em um dos depoimentos uma jovem relata:
"Aos 14, até tentei namorar um menino. Não funcionou.
Um ano depois, quando me apaixonei de verdade por uma garota,
resolvi contar a meus pais.
Minha mãe repetia: 'Calma que passa, é uma fase.'
A aceitação da ideia é um processo lento, que envolve agressões
de todos os lados e decepção.
Sei que contrariei o sonho da minha família, de me ver de grinalda
e com filhos, mas a melhor coisa que fiz
para mim mesma foi ser verdadeira.
Por que me sentir uma criminosa por algo que,
afinal, diz respeito ao amor?"
Este depoimento chamou muito a minha atenção, afinal retrata todo trauma
psicológico sofrido por alguém que se dispõe a assumir seus sentimentos,
inseridos fora do convencional seguido por praticamente 'todos'.
Os pais, numa tentativa frustrada de animizar a situação,
a tratam como algo passageiro, irrelevando a real importância de tudo
que está ocorrendo com seus filhos.
Já os filhos, com grande receio da reação dos pais,
escondem sua real escolha, até que não podem mais suportar
todas as dúvidas e incertezas que acometem esta mudança.
A reação dos pais, geralmente já é esperada pelos filhos,
afinal estão cientes de todas as expectativas pessoais
que os pais criaram para seus futuros.
Estas mesmas expectativas serão quebradas,
quando esta fuga do convencional surgir,
trazendo grandes mudanças à perspectiva de todos.
Pude observar na matéria, que os filhos que recebem apoio dos pais
tem em sua difícil continuidade, uma esperança e uma base mais forte,
afinal quem os mais ama, aceitará esta escolha e os apoiará
nas futuras quedas que podem vir a surgir.
Então, concluindo minha linha de pensamento,
com base nesta maravilhosa reportagem publicada por 'Veja',
pude reafirmar minha opinião sobre o assunto.
Sempre considerei a escolha sexual de cada ser humano,
uma decisão única e exclusiva de cada um.
Não importa se seremos felizes com homens ou mulheres,
afinal esta é apenas uma das muitas peculiaridades de cada ser.
Um homossexual não é mais forte nem mais fraco do que um hetero.
São apenas diferentes.
O foco muda. Mas a busca continua sendo pela felicidade plena.
O preconceito? Existe nos dois lados.
Afinal sempre haverá alguém apto a julgar as diferenças dos outros.
O que ainda falta em muita gente, é perceber que estas diferenças
criam os contrastes mais maravilhosos do ser humano,
afinal temos membros, orgãos e corpo estrutural igual,
mas o principal está onde os olhos não veem,
onde o preconceito não existe e a felicidade plena continua reinando.
Porque aceitar alguém com toda sua bagagem emocional,
suas escolhas, suas decisões, erros e acertos,
nos alça até um plano maior, onde o amor sincero predomina.
À 'Veja', meu muito obrigado.
Arte sempre faz bem.
Livre de preconceitos é melhor ainda.
"Cada pessoa tece sua própria versão dos fatos.
Cada um de nós tem uma maneira particular de perceber as coisas,
e há diversos graus de intensidade no sentir, o que torna absolutamente
infrutífera essa perseguição pelo senso comum."
(Martha Medeiros)
"A maior prova de amor que se pode dar a quem se ama
é deixá-lo livre para amar quem o coração dele escolher
para amar..."
(Américo Simões)
"Perigoso é a gente se aprisionar no que nos ensinaram
como certo e nunca mais se libertar, correndo o risco de
não saber mais viver sem um manual de instruções."
(Martha Medeiros)
Cada um de nós tem uma maneira particular de perceber as coisas,
e há diversos graus de intensidade no sentir, o que torna absolutamente
infrutífera essa perseguição pelo senso comum."
(Martha Medeiros)
"A maior prova de amor que se pode dar a quem se ama
é deixá-lo livre para amar quem o coração dele escolher
para amar..."
(Américo Simões)
"Perigoso é a gente se aprisionar no que nos ensinaram
como certo e nunca mais se libertar, correndo o risco de
não saber mais viver sem um manual de instruções."
(Martha Medeiros)