sexta-feira, 11 de março de 2011

Escolhi ser quando crescer.

Seguindo o ritmo alucinado dos dias e vivendo a doce rotina de estudar algo que me fascina, coloco pé ante pé e sigo em frente. Esqueço de tudo quando posso simplesmente ouvir tudo que meus professores me oferecem. Sei que essa felicidade provém daquele início prazeroso que toda nova possibilidade nos oferece e que hora ou outra, o sonho terá sua porcentagem de inferno também. Mas enquanto vivo o lado bom de tudo isso, me delicio com tudo que que me faz viver cada vez mais para dentro e para os outros. Outro dia mesmo, minha professora surgiu com a seguinte afirmação: "Para ser psicólogo é necessário acreditar sempre, independente das circunstâncias, que uma pessoa pode mudar."
Naquele exato momento, eu, escondida no fundo da sala como quem procura uma segurança, apenas sorri. Aquele sorriso de canto, que esconde exatamente tudo que as palavras da professora puderam trazer à tona. Ao mesmo tempo em que tudo o que foi dito me fascinou, me trouxe uma sensação de dor. Fiquei e fico me perguntando ainda, como proceder quando acreditar que alguém pode mudar, faz com que esqueçamos que esta mudança talvez não seja exatamente o que esperávamos. Ou mesmo quando acreditamos muito, e os resultados parecem  insignificantes frente a nossa insistência. Minha professora assim como muitos, me fez pensar. E este extremo entre o pensamento e a dor, me faz venerar cada vez mais o que eu escolhi para ser quando crescer. Eu sei que ainda pode doer muitas vezes, mas a perspectiva de penetrar cada vez mais fundo nesse mundo é muito maior do que traumas que não voltam mais.

Um comentário:

  1. Freud sempre me conforta "E quando a dor do sofrimento for maior que o medo da mudança, nós mudamos." Toda renovação traz desafios, nossa evolução sempre virá com cicatrizes.

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