terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Tristezas

Ando chorando muito, ela pensa.A vida, por mais bonita que seja, não dá trégua e cobra, todos os dias, de cada um de nós, todos os erros que cometemos. Parece não haver redução de pena, porque os dias estão cada vez mais longos. No final da noite, ela só pensa: anda doendo muito, até quando não sei. Será que amanhã passa? Será que o tempo leva? Ou será que a gente muda e esquece?  Da vida não ando recebendo flores. Mas ainda deve haver sol, em algum lugar.


terça-feira, 24 de setembro de 2013

Só.

Talvez a vida nos ofereça dias de sol para que possamos continuar. Para que possamos esquecer, talvez por um segundo, todas as dores que nos abraçam, todos os dias. Para que talvez ainda existam resquícios de esperança, em algum lugar. O mais estranho de tudo é que, quanto mais sol nós recebemos, maior parece ser a dor, quando ela chega. Tenho certeza que devia ser só felicidade, mas anda sendo muita solidão.

domingo, 14 de julho de 2013

Dois.

Sei, com grande pesar, que dos dias tristes não poderei me esquivar totalmente. A vida não dá trégua, nem em dias de sol. Porém, percebo que lutar anda fazendo mais sentido depois de nós. Não que exista algum tipo de dependência, longe disso. Só anda sendo muito bom ter alguém segurando a minha mão e caminhando ao meu lado. Temos nosso tempo e é dentro dele que estamos aprendendo sobre a riqueza de nos tornarmos pessoas mais felizes. Individualmente, juntos.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Nós.

Feliz daquele que aceita as surpresas boas da vida, afinal há muita força no que deve ser.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Da culpa.

- E o que podemos fazer?

[...]

- Nós podemos tomar uma xícara de chá e fingir que nada aconteceu. Podemos colocar a culpa nos dias frios para justificar a tristeza estampada no rosto. Podemos dizer que a saudade bate vez em quando, por isso choramos. Porém, não há como saber sobre nossas próprias dores sem mergulhar, profundamente, em cada uma delas. Saber costuma ser caminho para descobrir novos meios de enfrentar, todos  os dias, uma das grandes verdades da vida: sofremos e dói sempre mais se assim permitimos, porque a culpa, em parte, também é sempre nossa, gostemos ou não.


segunda-feira, 13 de maio de 2013

Dias estranhos.

Dias de chuva e cheiro de café. Sentada em sua cadeira de balanço, no lugar mais silencioso da casa, a garota deixa o livro sobre o colo e olha para os primeiros raios de sol da manhã.


Ainda não dormiu.


Ontem a noite chorou, por saber que a beleza de ser só também assusta, vez ou outra. Ela acha que a vida é estranha porque afasta e aproxima e não para nunca. O coração numa montanha-russa reclama, quer dias de paz, quer ter alguém por quem bater, mais uma vez.


Em mais uma noite de insônia, a garota resolve se perguntar: onde foi parar aquele amor? Porque nunca, nunca mais, ela sentiu o coração vibrar? E tem medo, todos os dias, de ter sucumbido aos dias nublados.


Dias difíceis, dias daqueles, onde não há nada que conforte, onde o cansaço domina e as lágrimas rolam soltas. Dias de frio, dias sem você. Dias sem mim.


Dias sem paz.

domingo, 5 de maio de 2013

Acertar o pulo.

Viver implica em fazer escolhas, das mais simples às mais complexas. Do abraço que você resolveu dar até o adeus que nunca soube dizer. Algumas escolhas são cruciais e é sobre elas que eu hoje penso. Sinto que o momento chegou faz um tempo e que desde então a solidão anda se tornando cada vez maior. Todos os dias é necessário abrir mão de inúmeras coisas que até então sempre foram boas, mas hoje já não trilham mais um caminho semelhante ao que você escolheu. Amigos vão se perdendo, finais de semana são tomados por livros, o diálogo com a família vai diminuindo e a lágrima que denuncia um esgotamento emocional está à espreita. Lhe condicionaram a acreditar que é deste tipo de esforço que às pessoas precisam para alcançar objetivos maiores e no fundo você compactua com a ideia. O difícil, porém, é lutar contra si mesmo. Contra o medo de perder às pessoas que tanto significaram, com o medo de, ao alcançar o objetivo, não encontrar mais o significado que um dia ele já teve para você. A vida nunca teve um manual e ando percebendo que escolhas também implicam em perdas. A maior luta, provavelmente, não está com o outro que corre em busca do objetivo semelhante, mas sim em nós mesmos. Fechados à mudança nos lamentamos pelo que fica e perdemos o que há de mais importante: é agora que vamos construir o amanhã, mesmo que por vezes soframos com cada uma das perdas pelas quais iremos passar. No fundo, acho que vale a pena, independente do sentido que o futuro adquire para cada um. Assim como o fim, ele é inexorável e chega. Sempre chega.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Coisas da gente.


Andei me acostumando com uma solidão saudável, que até achava graça. Nada de encontros, muito menos desencontros. Havia apenas a paz de estar com quem fosse fundamental, mesmo que isso às vezes me levasse a estar cada dia mais só. Mas a vida, constantemente, andava me mostrando novos caminhos o que não deixaria de ser saudável, não fosse a velha premissa: as pessoas voltam a te procurar quando você volta a estar bem. 

Então, quando você acha que não há mais nenhum resquício de uma história de amor, você erra mais uma vez. Ou não erra? Afinal, você afasta ou repensa? Você avalia as possibilidades de mudança do outro ou apenas lembra dos seus longos processo até esquecer? Você diz não, ou diz sim? Se arrisca numa nova aventura do que um dia já aconteceu, ou simplesmente nega o passado e aceita só o que novo? 

Me diz como se ama alguém, se nunca há um jeito certo de amar os outros? Me diz como a gente se ama a ponto de conseguir se manter firme e evitar o que apenas podem ser migalhas? Me diz como a gente um dia pode ter certeza, se o que é previsível na maioria das vezes não provoca encanto... A vida e seus jogos. A vida e nossa busca incessante por respostas. Quiçá um dia, tudo fique menos difícil. Porque pensando bem, se fosse exatamente fácil ninguém gostaria tanto de amar. Ou as pessoas amariam mais? 

São essas coisas da gente que me fazem acreditar na vida, todos os dias, mesmo que por vezes eu não saiba bem como caminhar. Ou o que escolher.




sábado, 23 de março de 2013

E agora?

O mundo sabe ser cruel. A vida, ainda mais. E uma das constatações mais tristes é aquela que nos diz: você está sozinho. A família sempre será um bom lugar para retornar, mas não para ficar para sempre. Os amigos são o mesmo que as espécies em extinção. As pessoas são egoístas. Nós não deixamos por menos. E tudo anda caindo, quebrando, morrendo. Dias de sol não são mais como eram antes. Aliás, nada mais é.

[...]

Eu só fico aqui me perguntando: o que a gente faz com tudo isso? E o que a vida acaba fazendo com todos nós?

sábado, 16 de março de 2013

Muro de Berlim.

As consequências de um vício não maltratam só aquele que o mantém: tratam de torturar e arrancar lágrimas de quem convive e vê, todos os dias, o sofrimento do outro. Anda sendo difícil manter-se forte e continuar alimentando esperanças de que a cura há de chegar. É triste, horrivelmente triste, ver que aquele que deveria te amar sabe mais sobre como esquecer do mundo, do que sobre o significado  da família e do amor. Me percebo só, e há tempos não sei mais como cuidar de quem não sabe e nem busca saber nada sobre mim.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Faca.

Para a dor que me corta, não encontro um nome. Apenas sei que cada lágrima parece ter o peso de um mundo inteiro. Não ser reconhecida por aquele que me deu a oportunidade da vida anda sendo um fardo muito maior do que posso carregar.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Monólogo.

- E às vezes eu tenho medo de querer ser alguém tão só.
- Talvez passe.
- Talvez não.
- [...]
- Enfim, a vida está aí e eu ainda agradeço por não ter todas as respostas.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

(Re)Conhecer.

Desde que iniciou o processo de busca pela compreensão do seu próprio tempo, a garota tomou consciência do que antes evitava perceber. Hoje a vida, frequentemente, lhe oferece dias de sol e ela se delicia com cada um deles, afinal anda descobrindo muito mais sobre o que quer e merece ter. Bendito tempo e bendita essa vontade de cuidar cada vez mais de si, para pode viver todos os dias, de um jeito novo, com os outros.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Silêncio.

Se muito pouco sabemos sobre a vida, então o que dizer sobre a morte? Ela nos espreita em caminhos que deveriam ser de sol e interrompe os planos que, apesar de todos os avisos, ninguém sabe deixar de fazer. A vida tem dessas coisas estranhas, permitindo que o final chegue antes do processo normal realizado pelo tempo. Santa Maria hoje chora, assim como todos àqueles que tem um lar ou um alguém para voltar quando a lua está no céu. É triste, inevitavelmente triste, afinal não somos donos da vida, e nem o acaso pode nos proteger do que é inexorável: o fim.