sábado, 11 de junho de 2011
Só mais um dia.
Daqui algumas horas vai ser dia dos namorados. Repetindo anos anteriores, vou estar sozinha. Não sei se vou estar melancólica ou depositando minha frustração numa barra de chocolate. Ou quem sabe nada disso aconteça e eu apenas encare o domingo como um dia normal. Talvez uma saudade grande lateje aqui dentro, mas nada que um dia de sol e algumas doses de esquecimento forçado não possam resolver. É assim que tenho feito nos últimos anos: na falta da tua companhia, me anestesio com outras formas de amor. Abraço minha mãe o dia todo, durmo por mais algumas horas, deixo o sol bater no rosto e de vez em quando, tento acreditar que ser só é uma condição passageira. Quem sabe alguém ligue, quem sabe eu receba palavras bonitas, e por que não flores? O grande problema que vai continuar existindo, é a impossibilidade de uma satisfação completa, afinal o remetente do cartão não vai estar assinado com teu nome. Sei que você não vai ligar, não vai aparecer, nem vai me dizer aquelas palavras bonitas que pronunciou uma vez. Mas vai ficar tudo bem. Os anestésicos estão disponíveis e a dor há de suportar, ao menos, um dia à mais. E se o telefone tocar, bem...Ainda tenho esperanças de ouvir a tua voz do outro lado.
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Talvez a voz que tu espera, não seja a mesma que você lembra.
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