She wiil beloved é o que a música reproduz nos ouvidos da garota. Assim, meio tímida, ela abre um sorriso. Lembra-se das palavras bonitas que recebeu minutos atrás e que lhe trouxeram uma felicidade real. Ela será amada já repercute em sua lista preferida desde o tempo em que às sextas-feiras eram dedicadas ao chimarrão com a amiga mais do que importante. Mas ontem à noite, quando a música tocou, ela pode compreender o significado que estava escondido dentro das notas que conduziam o ritmo do som. Era ela quem precisava amar. Não aos outros, como vinha fazendo numa dedicação quase que por completo, mas a si mesma. Ela precisava de amor próprio, desses que não encontramos no abraço de ninguém. O caminho, como havia lido, era in¸ dentro, escuro, silencioso. Nunca off, nunca... Ela sabia que poderia amar aos outros, mas aprendeu que destinar uma parte desse amor a si mesma também era fundamental. A aquisição deste pensamento aconteceu somente depois de longas sessões de análise com o terapeuta mais compreensível que conhecia, e também após longas e intermináveis noites na busca de autoconhecimento. Hoje em dia a garota ainda titubeia, mas já vislumbra algum tipo de sentido. Ela está sendo amada nesse exato momento, não por outro alguém, mas sim, pela única pessoa que pode fazer com que ela encontre a liberdade. E acredite, esta pessoa mostra-se todos os dias, ao refletir no espelho.
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